quinta-feira, 3 de março de 2016

Cezanne: o pai de todos nós, 1839-1906

Encantou-se por Aix-en- Provence, no sul da França.

Acredita que foi a câmera que induziu muitos dos artistas de hoje a abandonar a arte figurativa.

A pintura de uma paisagem, um retrato ou uma natureza-morta pode parecer um momento imortalizado numa única imagem, mas é de fato a culminação de dias, semanas e, no caso de muitos artistas, de anos de contemplação de um único tema.

Fez parte do impressionismo (1874). Fez pinturas que representavam um tema visto de 2 ângulos diferentes  (de lado e de frente, por exemplo).

Natureza morta com maçãs e pêssegos (1905)- abaixo. O tampo foi inclinado num ângulo de 20º, em direção ao espectador.



Aumentava a quantidade de informação visual fornecida em detrimento da ilusão de espaço tridimensional.

Aplicava manchas de cor quentes e frias que se justapunham.

Como seus companheiros pós-impressionistas, Cézanne havia chegado finalmente a um impasse com o impressionismo. Seurat fora adiante porque ansiava por disciplina e estrutura. Van Gogh e Gauguin se desprenderam por se sentirem restringidos pela insistência na pintura de uma realidade objetiva. Cézanne, por outro lado, pensava que os impressionistas não estavam sendo suficientemente objetivos. A seu ver, faltava-lhes rigor em busca de realismo. Suas preocupações diferiam das de Degas e Seurat, segundo as quais as pinturas de Monet, Renoir, Morisot e Pissarro eram ligeiramente superficiais, faltando-lhes estrutura e uma impressão de solidez. Seurat, como sabemos, voltou-se para a ciência em busca de ajuda para resolver a questão; Cézanne voltou-se para a natureza.

Cézanne sentava-se diante de uma montanha ou do mar em sua Provença natal e pintava o que via.

Expressava o seu sentimento por meio de desenho e cor.

Havia solucionado alguns problemas de representação que precisa de nossa percepção visual com sua técnica de perspectiva dual, suas composições harmoniosas e o realce que dava a elementos específicos, subjetivamente escolhidos. 

Tratava a natureza por meio do cilindro, da esfera e do cone.

Busca da "harmonia da natureza". Não tinha perspectiva.

Suas ideias de estruturas eram semelhantes a grades e de simplificações dos detalhes em formas geométricas, e que podem ser vistas na arquitetura de Le Corbusier, nos projetos angulares da Bahaus e na arte de Piet Mondrian.


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